Com concepção e curadoria do Instituto Ivoti, o desafio convidou estudantes, professores, pais e comunidade em geral a compartilharem suas visões de como as escolas devem atuar nos próximos anos. A atividade estimulou o pensamento crítico sobre quais serão as características do ensino, como funcionarão os espaços de aprendizagem e de convívio, como serão as relações entre escola e alunos, como ocorrerão as aulas presenciais e a distância e de que forma a tecnologia será inserida como ferramenta essencial na educação.
Foram diversos vídeos enviados por alunos e professores de escolas públicas e privadas, que apresentaram diferentes pontos de vista. “O que chamou a atenção foi a percepção positiva dos estudantes em relação à importância do professor como gestor da sala de aula. Os espaços, as metodologias e os recursos ainda podem mudar, mas o professor continuará sendo insubstituível e por isso deve ter excelente formação”, destaca a diretora do Ensino Superior do Instituto Ivoti, Doris Schaun Gerber. Para a educadora, o professor não será mais visto como o ‘entregador do conteúdo’, mas alguém preparado para trabalhar com os estudantes no desenvolvimento de competências necessárias para continuar aprendendo. Somado a isso, a escola continuará sendo o espaço de encontro de gerações em que adultos, crianças e jovens se reúnem para aprender sobre o mundo e sobre como podem conviver em harmonia.
Doris lembra que a sociedade muda constantemente e a escola precisa acompanhar essas transformações ao preparar jovens com mentes abertas, criativas, flexíveis e resilientes diante das adversidades. “É um lugar em que as janelas do mundo se abrem e todos têm a oportunidade de acessar o bem que a humanidade está construindo.”
Uma das práticas realizadas pelo Instituto Ivoti para promover o desafio foi propor aos alunos das turmas do curso normal a gravarem os vídeos e convidarem amigos a fazer o mesmo. “Os vídeos foram realizados nas aulas de Políticas Educacionais. O objetivo era incentivar os estudantes adolescentes a se verem e a se reconhecerem no cenário como produtores de cultura”, informa Raquel Konrath, professora do curso normal, no ensino médio, e pedagogia, no ensino superior, do Instituto Ivoti. Ela explica que muitas vezes os jovens assumem uma postura queixosa, passiva e resistente a certos posicionamentos. “Como estão no curso de formação de professores é fundamental aderirem à postura de mudanças esperadas na educação.”
Além dos adolescentes, crianças do ensino fundamental do Instituto gravaram vídeos para dar suas impressões sobre como imaginam a escola no futuro.
Professores da rede pública também foram convidados a participar. Um deles, a educadora Débora Arnhold, acredita que as concepções e práticas da educação precisam estar atreladas ao desenvolvimento e necessidades sociais. “Por isso, as escolas do futuro serão as que consideram a totalidade do indivíduo – seja o aluno uma criança, um adolescente ou um adulto – e que saiba ser, não meramente saber. Afinal, conhecimentos tornam-se rasos se não apresentarem aplicabilidade no cotidiano”, comenta Débora, que atualmente é diretora da Escola de Educação Infantil Mundo Encantado, de Linha Nova.
“As escolas estarão cada vez mais conectadas à tecnologia, assim como acontece agora nestes meses de pandemia.”
Josiele Zimmer, aluna do 2ª ano do ensino médio do Instituto Estadual José Oscar Kiefer, de São José do Hortêncio
“O quadro dos professores será um tablet bem grandão.”
Vicenzo Camillo, aluno do 5ª ano do ensino fundamental do Instituto Ivoti
“Espero que na escola do futuro tenha educação financeira para os alunos gerenciarem melhor seu dinheiro.”
Rafael Palamar, aluno do 3º ano do ensino médio da Escola Princesa Isabel, de Estância Velha
“Os alunos vão usar óculos de realidade virtual, que serão o caderno e os livros.”
Sofia Soso, aluna do 6º ano do ensino fundamental do Instituto Ivoti
Assista aos vídeos no canal do Grupo Sinos no YouTube.
Nesta sexta-feira, 1º de outubro, será lançado o segundo Desafio Ser Educação. Para a nova etapa, que tem a curadoria do Colégio Espírito Santo, o tema tratado é solidariedade nas escolas. Nas páginas impressas e nos sites dos jornais do Grupo Sinos de amanhã serão informados os detalhes desse desafio. Toda a comunidade está convidada a participar.
Realizado pelo Grupo Sinos, o projeto Ser Educação tem o patrocínio máster do Instituto Ivoti, Colégio Espírito Santo, Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e Unisinos, com o apoio institucional das Faculdades Integradas de Taquara (Faccat), da Universidade Feevale e da Fundação Liberato.
Esta é a segunda edição projeto Ser Educação e continuará até o final do ano, abrangendo 51 municípios dos vales do Sinos, Paranhana, Caí, Serra Gaúcha, Litoral Norte e ainda a capital gaúcha.